Guns n' Roses - Use Your Illusion

Amigo meu disse que a grande onda agora, por parte das gravadoras, é lançar bandas em vinil prum público selecionado e depois lançar o CD no mercado e, como sou dos mais antenados e formadores de opinião do País, tive acesso essa semana à dois vinis impressionantes da banda acima. Chamam-se Use Your Illusion volumes 1 e 2.

Guitarras intensas, um vocal estriônico, bateria no talo, composições ora longas e refinadas, ora simples e divertidas, várias músicas com potencial para hits. Destaco aqui as belas "Don't Cry", "November Rain" e "Breakdown", além das pauleiras "You Could Be Mine", "Right Next Dorr To Hell" e "Back Off Bitch", que fazem você lembrar os bons tempos do rock n' roll na veia, levantar o esqueleto e ter fé na indústria fonográfica.

Tem também duas covers ("Live and Let Die" do Paul McCartney e "Knockin' on Heaven's Door" do Dylan) excelentes, fazendo ótimas releituras dos clássicos.

Espero que essa seja a resposta da indústria à sanha Emocore que infesta rádios e MTvs da vida e que o bom e velho Rock retome suas raízes. Com esses rapazes de Los Angeles, creio que o caminho está certo e reaberto.

Anote aí: esses vão estourar nas paradas de sucesso! E você leu aqui primeiro.

Cotação: 5 Gibson Les Paul

The Goonies

"OS GOONIES"
Dir: Steven Spielberg

Comprei há pouco o DVD deste filme, que aparentemente nem saiu nos cinemas e foi direto pras prateleiras (titio Spielberg já não é mais o mesmo... também, depois de A.I., o que ele queria?).
Uma pena, pois o filme em tela grande deve ter sido o máximo! Um grupo de garotos de uma cidade portuária dos Estados Unidos da América tem suas casas ameaçadas por um inescrupuloso empresário que quer destruir todas e construir um condomínio (maldito mundo globalizado, não?).

Para evitar isso, uma das crianças (Sean Astin) descobre um suposto mapa do tesouro e convence seus amigos e seu irmão a ajudar a procurá-lo; entretanto, o tesouro fica sob a casa de uma família de mafiosos (grandes atuações de Joe Pantoliano e Anne Ramsey) que também quer o seu quinhão.

Após muitas confusões e trapalhadas, as crianças conseguem achar um navio pirata perdido, não sem antes passarem por muitas armadilhas e perigos...

Enfim, o filme é excelente, tem poucos efeitos especiais e muita criatividade no roteiro, resgatando o sentimento de união e brincadeira às crianças, tão em voga nos anos 80 e 90 e esquecido nesses anos 00 devido ao crescimento das formas de entretenimento impessoais.
Me parece que Spielberg quis resgatar a essência e os valores humanos daquelas décadas já tão esquecidas...
Quem sabe, com esse filme, não ressurja um sentimento coletivo de retorno a esses ideais? É pagar pra ver.

Adendo: um dos atores-mirins, o jovem Jonathan Ke Quan, já tem participação garantida na sequência de Indiana Jones. Esse garoto vai longe!


Cotação: 4 baús e meio de tesouro